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OS MEUS POEMAS
OS MEUS POEMAS

 

SINTRA  É

 


A fresquidão dos bosques frondosos,
O murmúrio das águas a escorrer nas encostas,
O canto das fontes a embalar os amantes,
E o sussurro das folhas ao ritmo da aragem mansa.


O trinar dos pássaros,
Os aromas da terra
E a paleta das cores,

Com castanhos e verdes em tons variados.

As neblinas perpétuas a sugerirem mistérios
E lendas de fadas e faunos correndo nos bosques.

Os penhascos gigantes a sustentar o castelo,
O palácio nascido do sonho de um rei,
E o convento talhado na rocha a falar-nos de Fé.


O romantismo, o romance, os passeios de mãos dadas,
E por fim, o beijo sonhado num cenário de idílio.


E lá no alto, a lua, a coroar o monte.

 

Guilherme Duarte

 

 

 

 

 

LOAS DE DESPEDIDA A NOSSA SENHORA DO CABO ESPICHEL, DA FREGUESIA DE SINTRA (SANTA MARIA E S MIGUEL), EM SETEMBRO DE 2011.

As loas que tradicionalmente se recitam ou cantam em louvor de Nossa Senhora do Cabo Espichel, quando a veneranda imagem chega ou parte de uma Freguesia que visita de 26 em 26 anos, sºão quadras muito simples, populares e algo ingénuas como é tradição. Este coube-me a honra de as escrever. Fi-lo com muita alegria e amor por Nossa Senhora. O resultado foi este:

 

LOAS DE DESPEDIDA À IMAGEM DE NOSSA SENHORA DO CABO ESPICHEL DA FREGUESIA DE SINTRA – (SANTA MARIA E S. MIGUEL), EM 2011.

 

 

(INÍCIO DA CERIMÓNIA)

 

Todo este ano orámos

Com fé, devoção e amor

E o coração entregámos

À Mãe de Nosso Senhor.

 

A Vossos pés procurámos

Encontrar aquela luz

Que nos há-de conduzir

Ao Vosso filho Jesus.

 

Após um ano connosco

O povo que em Sintra mora

Se já era um povo bom

É um povo melhor agora.

 

Ficareis ó Doce Mãe

Para sempre no coração

Desta gente que por vós tem

Uma grande devoção. 

 

Cantamos loas à Virgem

São loas modestas e pobres

Mas são ricas em amor

E em sentimentos nobres.

 

É a cantar que oramos

Em louvor da Virgem Pura.

São cânticos de muita Fé

E também muita ternura. 

 

(ENTREGA DAS VARAS DE JUIZES)

 

Esta Vara de Juiz

Que recebereis a seguir

Não concede mordomias

Apenas o dever de servir.

 

Sevir a terra e o povo

A paróquia  e a Freguesia

Mas sobretudo servir

A Virgem Santa Maria.

 

Apesar da parecer leve

Esta Vara é bem pesada,

Compromete com o trabalho

Tem o peso de uma enxada.

 

Como manda a tradição

Que não esquece a juventude

Há aqui mais duas varas

Para os jovens com mais virtude.

 

São os Juízes dos Solteiros

Que irão assegurar

Que estas festas seculares

Não irão nunca acabar.

 

Jovens de Alcabideche,

Jovens de Sintra também

Não deixeis morrer estas festas

Em honra da nossa Mãe. 

 

(ENTREGA DO PENDÃO)

 

Estão Sintra e Alcabideche

De mãos postas a orar

Aos pés da Senhora do Cabo

Que agora nos vais deixar. 

 

Orgulhosos do passado,

E com esperanças no porvir

O povo de Sintra despede-se

Alcabideche acolhe-te a seguir.

 

Nas vossas mão entregamos

Este histórico Pendão,

Tecido para Nossa Senhora

Com amor e devoção.

 

Que este Pendão meus irmãos

Que atravessou gerações

Incendeie de amor à Mãe

Os vossos santos corações.

 

Erguei o Pendão bem ao alto

Para que todos  o possam olhar

E descobrir nele, o farol

Que à Virgem vos há-de guiar

 

Esta luz que irradia

Do pendão da Virgem Maria

Levará luz e calor

A toda a vossa Freguesia 

 

(ENTREGA DO CÍRIO A S. PEDRO DE PENAFERRIM) 

 

No Círio da Mãe Santíssima

Está já apagada a chama

Encerram-se assim em Sintra

As festas que o povo ama. 

 

A luz que durante um ano

Deste Círio irradiou

Extinguiu-se,  mas em nós

Essa luz não se apagou.

 

Esta visita a Sintra

Da Mãe de Cristo Jesus

Fortificou-nos na Fé

Inundou-nos a alma de luz.

 

É essa luz que nós queremos

Transmitir-vos nesta hora

Juntamente com o Círio

Que S. Pedro recebe agora.

 

Voltará o Círio a acender-se

P´ra receber a Mãe do Senhor

Em S. Pedro de Penaferrim

Com a chama do amor.

 

Aos nossos irmãos de S. Pedro

Desejamos que a Mãe

Vos cubra a todos de bençãos

E nos abençoe também.

 

(ENTREGA DA VENERANDA IMAGEM)

 

Nossa Senhora do Cabo

Que acalmaste o mar em fúria

Defende também nossas almas

Do pecado e da incúria.

 

Regressas a Alcabideche

Donde um velhinho avistou

Lá longe, no horizonte

Uma luz que o iluminou

 

Não hesitou o velhote,

Pegou na trouxa e partiu

E quando chegou ao destino

Foi a Tua imagem que viu.

 

Uma imagem formosíssima

Perdida no cabo agreste.

Pequena? Sim, mas envolta

Por uma aura celeste.

 

Mais um giro termina hoje.

Um outro começa agora

Com a entrega a Alcabideche

Da imagem de Nossa Senhora.

 

Povo bom de Alcabideche,

Irmãos que muito estimamos

Recebei a linda imagem

Desta Mãe que tanto amamos.

 

(ATÉ 2036 SENHORA DO CABO)

 

É com lágrimas nos olhos

E com tristeza incontida

Que vos dizemos adeus

Na hora da Vossa partida.

 

Rainha de Portugal,

 Rainha do Mundo, também,

Sois a nossa Padroeira

Nosso refúgio e nossa Mãe

 

Senhora do Cabo Espichel

A quem o mar obedece,

Acalmai a tempestade.

E atendei a nossa prece.

 

Enquanto os nossos olhos choram

Os vossos parecem sorrir,

Uns, por receberem a Mãe,

Os outros, por vê-lA partir.

 

É pequenina esta imagem?

É muito pequena, pois é.

Mas que importa a pequenez

Se é grande a nossa Fé.

 

Chegou a hora do adeus,

Mas do adeus não será,

Peferimos despedir-nos

Com um “ Mãezinha, até já”.

 

Autor:

 Guilherme da Conceição Duarte

 

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